Friday, November 28, 2008

Roteiro de fim de Semana (1)

Sexta-feira, 28 de Novembro

Teatro
Teatro Matchedje. 18h. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Gungu)
Cinema
AMOCINE. 18h. I love you de Rogerio Manjate e Nguenha, o crocodilo de Isabel Noronha
Concertos
CCFM. 18h. Escola Nacional de Musica.
Gil Vicente. 22.30h. Chico Antonio (Afro fusion)

Sabado, 29 de Novembro

Teatro
CCFM. 18h. Executor 14 (CEPAD)
Matchedje. 18h. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Gungu)
Danca
Unidade 22 (Bairro da Mafalala) 14h. Associacao Cultural Machaka.
Teatro Avenida. 18h. (In)dependecia. (danca com pessoas portadoras de deficiencia fisicas)
Cinema
Cinema Scala. 18:30h. 50 anos de monte (Colombia)
Concertos
Gil Vicente. 18:30h. Croc Moses. Slam Poetry.
Gil Vicente. 22:30h. Jam Session.

Para um conhecimento do teatro africano (2)

Moçambique

O teatro a maneira do ocidente parece ter começado por meados de 1898, sob o impulso de Carlos da Silva, homem dedicado ao teatro (escrevendo peças, trabalhando como actor e fazendo critica teatral), a musica (para peças e para a igreja), ao jornalismo e ao ensino (como professor de canto coral no Liceu). Inicialmente os espectáculos tiveram lugar no Teatro Mouzinho de Albuquerque e mais tarde no Teatro Vasco da Gama (um barracão de madeira e zinco, aonde segundo os colonialistas cabia toda a população branca do burgo), fundado a pedido do próprio Carlos da Silva. Escreveu as peças o “Crime Anica”, a “Madalena”, a opera cómica “As aventuras de um herói”, a comedia “ Sua Alteza - o Criador” e as operetas “ os Cavaleiros do Arcabuz e Era Eu”. Todas as peças foram representadas nesse barracão. Era com a receita dos espectáculos que liquidavam as despesas da renda, da luz e ainda os ordenados.
Por meados de 1928, Fernando Baldaque, de colaboração com Carlos Queirós da Fonseca escreveu as revuettes: a “Polana Azul e 7 de Março”. Em 1931, trabalhando com Arnaldo Silva, escreveu “Ponta Vermelha” e um ano depois, os dois e António Alonso Moreira, escreveram a revuette, “Ice cream to-day”. Estas peças eram representadas no Teatro Varietá. Nesse mesmo ano Alexandre Sobral Campos escreveu o drama “Renuncia” que foi representado pela Companhia Teatral Berta Bivar – Alves da Cunha. (cont...)

CEPAD estreia "Executor 14"

Um jovem a beira da morte decide dar a conhecer a historia da sua vida. O relato sucede-se com cenas de crimes hediondos, nas quais ele e simultameamente vitima e carrasco. Conta-nos a historia de uma forma cronologica, falando-nos da sua infancia e da sua adolescencia cheia de inocencia. (fonte: a verdade).
Uma proposta de teatro em duas sessoes a nao perder nos dias 29 e 30 de Novembro as 18 horas, no Centro Cultural Franco-Mocambicano.

Thursday, November 27, 2008

Para um conhecimento do teatro africano (1)

Acabamos de descobrir uma interessante obra sobre o teatro africana, com o titulo "Para um conhecimento do teatro africano" do guineense Carlos Vaz, editada em 1978. Esta obra faz uma incursao, embora breve, sobre a historia do teatro africano, faz igualmente uma visao sumaria do teatro contemporaneo africano e termina com propostas para a criacao de um Teatro Nacional na Guine Bissau. Sobre Mocambique, o autor apresenta algumas notas sobre o inicio do movimento teatral. Oportunamente iremos colocar aqui, algumas notas sobre a obra.

Teatro em debate no Franco

Prossegue hoje (27.11.2008), no CCFM, pelas 17:30, o dialogo entre os grupos de teatro, convista a revitalizar o movimento. A iniciativa que teve o seu pontape de saida na semana passada num encontro que juntou grupos de teatro como o Luarte, Mugachi, Girassol, Machaka, Galagalazul entre outros, conta com o apoio da direccao do Centro Cultural Franco Mocambicano.No encontro de hoje, espera-se que sejam discutidas propostas concretas dos grupos para 2009. Nos proximos dias traremos os detalhes destes encontros.

Tuesday, November 25, 2008

Sejam bem vindos

A historia do teatro moçambicano (teatro feito por moçambicanos e que explora temáticas do seu quotidiano) é ainda muito recente. Datando os primeiros grupos, logo após a independência nacional. Porém foi na década de 80 que houve o “boom teatral” e foi igualmente nesta década que se começou a ensaiar um teatro profissional. De lá para cá, muitas companhias de teatro surgiram e muitas desapareceram, vários espaços deixaram de existir e muita gente antes ligada ao teatro foi atraída por outras actividades, companhias moçambicanas ganharam o mundo e o mundo descobriu a maravilha do teatro e o fascínio dos actores moçambicanos. Muito se passou, estórias foram registadas, amizades conquistadas, houve um grande avanço. É possível fazer um teatro nosso, pensado e executado por nós próprios. Porem, há ainda um longo caminho a percorrer, desafios a vencer e muitas páginas de historia a escrever.
Este blog surge com o intuito de provocar debate em torno do teatro, fazendo uma incursão sobre o seu passado, presente e perspectivar o futuro. Esperamos com ele (o blog) puder dar uma contribuição ao jovem teatro moçambicano, do qual nos orgulhamos de fazer parte. Nós somos daqueles que acreditam que o teatro traz felicidades, faz as pessoas sorrirem e devolve-lhes a esperança para enfrentar a vida. Uma vida cada dia mais difícil no nosso belo Moçambique, onde inúmeras pessoas são confrontadas com “desumanidades”. Nós acreditamos no poder do teatro e sua veia transformadora da realidade, nas suas variadas formas, como um mecanismo através do qual podemos nos conhecer melhor e compreendermos o mundo e o tempo em que vivemos.